- Nome completo: Pedro Sampaio Malan
- Atuação: economista, professor, engenheiro elétrico, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda
- Local de nascimento: Petrópolis (RJ), Brasil
- Data de nascimento: 19 de fevereiro de 1943
- Aula na Finclass: Economia Brasileira: do Plano Real até hoje
A partir do dia 19 de abril de 2022, você pode conferir uma super aula com o tema “Economia Brasileira: do Plano Real até hoje” na plataforma da Finclass. Para ministrar o conteúdo, convidamos ninguém menos que Pedro Malan, um dos grandes nomes da história econômica do Brasil.
Apesar da grande relevância de Pedro Malan para a história econômica do país, muitas pessoas — principalmente os mais jovens — podem ainda não saber detalhes de sua trajetória e o papel importante que teve para o Brasil.
Sabendo dessa possibilidade, escrevemos essa minibiografia para resolver esse problema. Agora você pode saber tudo sobre o economista e professor Pedro Malan. Vamos explicar detalhes da sua trajetória, a sua importância para o país e o porquê de a Finclass dele ser imperdível!
Confira a seguir e saiba tudo sobre o seu professor!
Quem é Pedro Malan?
Pedro Malan é um professor e economista que exerceu importantes cargos na política econômica do Brasil.
Entre os papéis mais notáveis — isto é, dentre inúmeras funções de grande peso — estão os cargos de Negociador-chefe da dívida externa do Brasil (1991-1993), Presidente do Banco Central (1993-1994) e Ministro da Fazenda, que exerceu durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Nesses cargos de renome, Pedro Malan participou de momentos cruciais para a política econômica do Brasil. Entre eles podemos citar principalmente a atuação direta na criação e implementação do Plano Real no país.
Ou seja, o economista tem diversas histórias interessantes para contar e muito conhecimento para compartilhar com todos os investidores.
Em seguida, você encontra mais detalhes da trajetória do ex-ministro da fazenda. Confira!
Trajetória acadêmica e início da carreira de Pedro Malan
Trajetória acadêmica
Pedro Sampaio Malan nasceu no dia 19 de fevereiro de 1943, em Petrópolis (RJ). Ele fez os seus estudos básicos em sua cidade natal e concluiu os estudos científicos na cidade do Rio de Janeiro.
Apesar de sua trajetória profissional extensa na área da economia, Malan se graduou primeiramente em engenharia elétrica, na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, em 1965.
O seu contato com as ciências econômicas veio somente depois. Primeiramente, quando concluiu o curso da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em 1966. Posteriormente, ao finalizar o seu curso de doutorado em economia na Universidade de Berkeley, na California, em 1973.
Primeiros passos na política econômica
Os seus primeiros passos na política econômica do Brasil aconteceram quando atuou em grandes institutos econômicos. Ele fez parte no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Logo após, esteve no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico do Ministério do Planejamento.
Posteriormente, em 1977, foi um dos fundadores do Instituto de Economistas do Rio de Janeiro. Em seguida, começou a integrar o quadro docente da PUC-Rio como professor de Economia, em 1978.
Malan sempre foi um grande crítico da concentração de renda no território brasileiro.
Além disso, ele também foi um dos principais defensores do respeito às políticas para controle da dívida externa do Brasil. Esse tema é recorrente e teve grande peso sobretudo durante o período de regime militar e um pouco adiante.
A partir dos anos 80, Pedro Malan integrou diversos cargos internacionais. Ele foi professor na Inglaterra, quando lecionou na Universidade de Cambridge. Além disso, assumiu cargos de renome na Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Em seguida, na segunda metade dos anos 80 e começo dos anos 90, ainda assumiu cargos de diretoria no Banco Mundial e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Toda a vasta experiência na área fez com que ele fosse convidado para ser consultor especial do Ministro da Fazenda e negociador-chefe para temas relacionados à dívida externa do Brasil. Ele exerceu o cargo até agosto de 1993, no momento em que foi convidado para ser presidente do Banco Central.
Pedro Malan: presidente do Bacen e Ministro da Fazenda
Depois de sete anos representando o Brasil no exterior, sendo dois na negociação da dívida externa do país, Pedro Malan recebeu um grande convite. Ele foi indicado pelo então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, para ser o presidente do Banco Central durante o mandato de Itamar Franco na presidência da República.
Em sua posse, em setembro de 1993, Malan defendia uma maior autonomia do Banco Central em relação a possíveis interferências políticas. Esse tema, inclusive, se arrastou até os dias atuais, já que a lei de autonomia do Bacen foi sancionada somente no ano de 2021.
Um dos seus principais feitos como presidente do Banco Central foi o fato de ser um dos principais executores do Plano Real. Esse plano econômico foi lançado em 1994 e consolidou a moeda que utilizamos nos dias de hoje no Brasil.
Em sua Finclass, aliás, Pedro Malan conta todos os detalhes e bastidores desse Plano, que foi marcante e fundamental para a história da economia brasileira.
Ainda em 1994, Malan concretizou um negócio importantíssimo na cidade de Washington, nos Estados Unidos. Nele, foi definida a redução e reestruturação dos débitos do Brasil com bancos internacionais. Esse acordo foi fundamental para um maior controle da dívida externa do país.
Entrada no Ministério da Fazenda
Com o sucesso da execução do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso conseguiu ser eleito ainda no primeiro turno como o novo presidente da República. Assim que assumiu o cargo, chamou o então presidente do Banco Central, Pedro Malan, para ser o Ministro da Fazenda em seu Governo.
No cargo, Pedro Malan foi um grande defensor das medidas econômicas para redução das taxas de juros e criação de um maior equilíbrio na balança cambial.
Os seus maiores feitos, no entanto, apareceram na privatização de empresas estatais federais e estaduais com o objetivo de aumentar a eficiência e diminuir os gastos do Governo.
Foi durante a sua gestão também que foi implementado no Brasil o conceito de tripé macroeconômico. Essa diretriz serve como base para a política econômica até os dias de hoje.
O tripé macroeconômico consiste em:
- Câmbio flutuante: operação de compra e venda de moedas é definida pela lei da oferta e demanda, sem intervenção do Governo.
- Metas fiscais: definição de metas com o intuito de evitar gastos excessivos e descontrolados com as contas do Governo.
- Metas de inflação: definição de metas para evitar um aumento descontrolado nos preços dos produtos, evitando assim um grande impacto na economia.
Entre altos e baixos e enfrentando crises motivadas pelo cenário internacional, Pedro Malan se manteve no cargo durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002. Logo após a eleição do presidente Lula, foi substituído por Antônio Palocci.
Últimos trabalhos de Pedro Malan
Desde então, Pedro Malan focou a sua atuação em participações no Conselho de grandes empresas privadas.
Entre elas podemos citar Itaú Unibanco, Via Varejo, EDP Energias do Brasil e alguns outros trabalhos em diferentes instituições nacionais e internacionais.
Ele também seguiu sendo parte do quadro docente do curso de Economia, na PUC-Rio.
Malan ainda escreveu artigos e teve participação em livros durante a sua trajetória. Entre eles, o livro “Uma certa Ideia de Brasil: Entre passado e futuro”, de sua autoria, e a coautoria de “130 anos: Em busca da República”.
Pedro Malan é pai de 3 filhos e tem hoje 79 anos de idade.
Assine a Finclass e veja a aula de Pedro Malan
Agora que você já sabe mais sobre Pedro Malan e a sua grande importância para a história econômica do Brasil, chegou a hora de se aprofundar no tema.
Por isso, te convidamos a assinar a Finclass e conferir agora mesmo a aula ministrada pelo ex-ministro da Fazenda.
Nela, Malan compartilha toda a sua experiência de várias décadas em cargos de alta responsabilidade na área econômica e conta os bastidores de algumas das principais decisões que impactaram na economia do nosso país.
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